quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Leitura da Vez | Histórias Insólitas da Libertadores

    Mais uma vez o futebol neste blog, mas agora por causa de um livro. Um bom livro.
Luciano Wernicke reuniu casos curiosos e intrigantes que aconteceram na Libertadores da América desde 1960 quando da sua primeira edição até 2020 (livro publicado em 2021).
    O livro vai direto ao ponto e conta histórias engraçadas, absurdas, tristes, dramáticas, felizes... Todos os sentimentos que um torcedor tem ao acompanhar seu time pela epopeia em busca desse título.


    De cara o que merece destaque é a própria capa que dispensa explicação. Um ponto negativo é que o autor acabar sendo excessivo no uso de gentílicos quando cita os clubes, também sendo específico demais dizendo os nomes completos dos mesmos e também de jogadores. O mesmo acontece com datas. Talvez fosse melhor detalhar isso em fichas técnicas? É como ouvir um jogo pelo rádio décadas atrás onde tudo desde antes do apito inicial é enfeitado. Como corinthiano que basicamente assiste apenas ao Corinthians, senti falta de relato sobre o título invicto. Não é o único, mas apenas ele fez isso disputando 14 jogos enquanto os demais jogaram 4 porque entraram no torneio já nas fases finais. E o livro tem capítulos assim mesmo, apenas citando maior goleador, maior placar, etc.
    Infelizmente tem um péssimo posfácio, pelo menos pra mim, pois descordo grandemente do que tá escrito lá. Porém são assuntos que rendem uma saudável discussão de botequim.
    O importante é que o livro cumpre bem seu propósito de contar histórias insólitas do principal torneio esportivo (sim) americano.
    Algumas histórias que mais chamaram minha atenção são sobre um juiz obrigado a cavar literalmente a própria cova, um time que almoçou feijoada prestes a jogar no calor e altitude do Equador, uma final comprada pelo Pablo Escobar, a torcida que comemorou a vitória parcial acendendo sinalizadores e assim causou fumaça suficiente pra "cegar" o próprio time que foi incapaz de se defender e acabou sofrendo um gol eliminatório, o jogo onde fizeram 1 minuto de silêncio pela morte de um jogador que estava vivo e em campo. O resto das histórias ainda é muito bom. Vale a leitura e a nota é 4/5

   

sábado, 15 de julho de 2023

Copa Mundial

     Bem, amigos da Rede Globo, agora o devaneio é sobre futebol. De vez em quando há quem discuta qual formato é melhor: pontos corridos ou mata - mata. Aparentemente torneios que mesclam as formas agradam a todo mundo, geralmente com uma primeira fase de grupos e então as chaves. Assim como acontece na Copa do Mundo de seleções. Aliás, ela também não comete a heresia de ir à disputa por pênaltis como primeiro e, consequentemente, único método de desempate, diga-se de passagem. Mas isso é outro assunto.
    Estou aqui para propor uma fórmula diferente de disputa: Um campeonato nacional de pontos corridos que englobe os demais torneios. De acordo com a posição final dos times eles seriam campeões - ou não - de todas as disputas possíveis para eles. Por exemplo, se a Portuguesa encerrar o campeonato como o time paulista com a melhor posição, ela é campeã paulista. Se o Criciúma for o time catarinense com a melhor posição... Sim, campeão catarinense. Assim o primeiro colocado de todos seria, claro, campeão brasileiro.


    Acima está parte da classificação final do campeonato brasileiro de 2022. Desse jeito teríamos tido no ano passado o Internacional como campeão gaúcho (no lugar do Grêmio como temos na vida real), Fluminense campeão carioca como de fato aconteceu (se bem que lá, todo mundo é campeão carioca ao mesmo tempo), e o Corinthians teria sido vice paulista já que Palmeiras conseguiria os dois títulos como também aconteceu de verdade, mas tendo o São Paulo vice.
    Mas pontos corridos não tem tanta graça. Então podemos, ao invés de decretar o campeão, classificar os melhores colocados para as chaves do mata - mata.
    Agora imagine todos os times do Brasil, da primeira à última divisão, jogando unicamente esse campeonato durante toda a temporada. O que significa que hoje teríamos 128 equipes concorrendo. Ao fim das 254 rodadas teríamos a definição dos confrontos valendo os outros campeonatos. Isso daria a justiça dos pontos corridos e a emoção do mata - mata, mas de forma muito mais democrática. Se você está pensando que o calendário ficaria apertadíssimo, peço apenas que pare de se limitar aos 364 dia do ano. Se for melhor que a temporada dure 18 meses em vez de 12, então que seja.
    As dificuldades e custos das longas viagens necessárias poderiam ser amenizados com as rodadas serem organizadas de forma estadual e regional, mas sem significar classificação alguma para campeonatos estaduais ou regionais. Seria apenas pela logística. Um time do centro-oeste, por exemplo, viajaria para um dos estados do sudeste e lá faria a sequência de jogos como visitante contra todos os times locais, de preferência na mesma cidade. Assim seria mais barato e simples do que viajar várias vezes para longe. No contra turno os times sudeste fariam a mão inversa.
    Agora, quem saber, ir mais longe. Quem sabe num futuro distante quando as viagens forem facílimas para todos no planeta, uma copa do mundo de clube de verdade. Mesmo com rodadas organizadas de forma nacional e continental. Todos os times do mundo jogando. Toda temporada um gigantesco pontos corridos classificatório por todo o planeta e em seguida as chaves dos estaduais, dos nacionais, dos regionais, dos continentais, dos intercontinentais e do mundial. Em termos de formato de disputa me parece muito mais simples, muito melhor e muito mais democrático do que temos hoje.
    Aproveito pra dizer que em caso de empate a primeiro medida a ser tomada deveria ser a morte súbita, ou como alguns preferem para ser menos agressivo com as palavras, o gol de ouro. Talvez o gol de prata, quem sabe até mesmo a tradicional prorrogação comum. Mas a decisão por pênaltis deveria ser absolutamente a última necessidade. Ouso dizer que seria melhor termos shootout antes!
    E se você até curtiu a proposta, mas é defensor absoluto dos pontos corridos dando o Santos campeão de 2002 como exemplo de injustiça (e olha que o meu Corinthians que foi o vice![e também não se classificou em primeiro]) eu proponho que ao menos exija uma diferente de 3 pontos para que haja uma decisão. Sei que em 2002 a diferença foi de apenas 1 ponto, mas não acontece assim em todas as edições. Peguemos como exemplo os dois primeiros colocados. Se a diferença de pontos entre eles é menos que 2, então faça-se uma final (ida e volta!). O mesmo para definir quem cai e quem se classifica, etc.

quinta-feira, 8 de junho de 2023

Embate: Gênio VS. Máskara

    


    Sim, é até batido fazer discussões sobre quem venceria um duelo travado entre personagens da ficção. Mas nesse caso se trata de uma dúvida real que pensei às vezes, e agora resolvi tentar tomar uma decisão à respeito. Quem venceria entre o Gênio, de Aladdin, e o Máskara? Eu jamais assistiria e leria tudo que existe com os dois. Por isso levei em consideração apenas os filmes de cada um, sendo que ignorei a sequência de Aladdin (O Retorno de Jafar, 1995) só porque eu assisti quando era criança e não gostei. Mas também, como O Máskara não tem sequência, considerar apenas um filme de cada talvez torne a disputa mais justa. Enfim, tentei me concentrar em quatro quesitos: ataque, defesa, transformação e velocidade
    Os dois parecem ser capazes de fazer qualquer coisa e também de se defender de qualquer ataque. Ambos demonstraram capacidade de materializar qualquer coisa, porém o Gênio materializou coisas mais, digamos, triviais, como móveis, utensílios, ouro, animais e instrumentos musicais enquanto o Máskara materializou armas, como uma marreta gigante, buzina ensurdecedora e armas de fogo. Aqui podemos contabilizar 1 ponto para o Máscara. É discutível que o Gênio talvez nem precise de armas já que ele faz tudo com seu poder cósmico simplesmente apontando seu dedo que assim serviria como arma. Além disso, o Gênio criou um exército de guardas quando Aladdin apareceu na cidade desfilando como um príncipe e esses guardas usavam facões. Talvez a questão aqui seja a censura já que Aladdin é um filem infantil, e O Máskara não. Mas vamos nos manter nos limites do filme sem considerar o mundo real. Se não, nada disso faria sentido. Importante destacar que o Gênio tem certo poder sobre o cosmo, pois ele exibe isso quando se apresenta ao Aladdin. A verdade é que essa luta duraria milênios. Em suma, fato é que os dois conseguem atacar livremente. Tendo aqui um empate no quesito Ataque.
    Quando se trata de se defender ou se regenerar, ambos conseguem se esquivar e não demoram nada para recuperar alguma parte do corpo que venha a ser prejudicada. Na verdade fazem isso até de brincadeira, eles mesmos arrancam a própria cabeça, e segue o jogo. Novo empate, agora no quesito Defesa.
    Quanto à transformação, o Gênio transforma-se a si mesmo em comida e em humanos de diferentes formas (homens, mulheres, crianças) e também transforma os outros, pois transformou o Abu em elefante. Enquanto isso, no máximo em que o Máskara se transformou foi em algo semelhante a personagens de desenhos animados que o Stanlay Ipkiss gostava, pois o comportamento do Máskara depende da personalidade de quem usa a máscara, o que é explicado no filme, e veja, quando Dorian a usa ele nem demonstra muito poder advindo dela. Até o Milo se torna um "Máslkara" mais legal que Dorian. Mas mantenhamo-nos no Máskara de Stanley Ipkiss, que é o Máskara propriamente dito. Então, o Gênio leva vantagem nessa? Pode ser, mas isso não será decidido de forma quantitativa.
    Sobre a velocidade nem dá para discutir. O Gênio se move por imensuráveis distâncias várias vezes, e Máskara é literalmente um pequeno furacão potencializado. Além da agilidade que os dois possuem para se mover rapidamente quando precisam se defender. Claramente outro empate
    Enfim chegamos a um ponto decisivo: pontos fracos. O gênio é um tanto ingênuo. Ele é um pouco orgulhoso. O suficiente para ser enganado pelo Aladdin quando ainda estavam enterrados após tudo desmoronar sobre o tesouro quando Abu toca no ouro enquanto Aladdin pegava a lâmpada. Aladdin, que é malandro, finge duvidar que o Gênio seria capaz de tirá-los daquele buraco, então o Gênio, com o orgulho ferido, salva a todos de forma que o Aladdin nem precisou gastar nenhum dos 3 desejos. Parece que o Gênio não é tão gênio assim. Além disso, Mais para frente Aladdin pede ao Gênio que o torne um príncipe. Mas o Gênio fez com que ele apenas parecesse ser um príncipe, e isso é evidenciado por todo o tempo a partir daí, já que o próprio Gênio aconselha Aladdin a contar a verdade para Jasmine e é esse segredo que torna tudo mais difícil. Já o Máskara... Não encontrei pontos fracos. Talvez o fato de ele, praticamente, só existir quando Stanlay Ipkiss usa a máscara.
    O Máskara aliás, assim como Alladin, na verdade até mais, é malandro. E como vimos é a malandragem que se mostrou capaz de derrotar o Gênio. Portanto o vencedor desse duelo seria o Máskara. Não pela força, não por se defender bem, nem pela agilidade e nem por seu poder. Mas pela esperteza - ou inteligência. Pela malandragem.

Bônus:
    Em duelo artístico, Gênio venceria cantando. A canção Você Nunca Teve um Amigo Assim ou Príncipe Ali, sozinhas derrotariam o Máskara, que dançando com certeza se garante mesmo sem a ajuda da banda Royal Crown Revue tocando Hey Pachuco.

E ainda...

Limitações: O Máskara só "acontece" de noite. Então quem o enfrenta precisa resistir apenas até o nascer do sol. O Máskara precisaria sempre levar a luta para o lado anoitecido do planeta.

domingo, 21 de maio de 2023

Fênix

    Quem diria. O  ZonaZom está de volta após um hiato de 7 anos, deixando para trás toda aquela lista da Super Interessante que surgiu na tela de todo mundo simplesmente ignorando Twin Peaks quando foi lançada a quarta tempora de Strenger Things.
    Assim como antes, aqui serão postadas coisas quase aleatória (ou não tão quase assim) que vão surgindo na minha mente e na daqueles que fazem parte da trupe. As coisas estão se encaixando, a vontade crescendo e a preguiça sendo superada. Enquanto tudo isso não acontece definitivamente, deixo como primeira publicação dessa nova fase do blog o link para o antigo - porém não outro - blog já na lista de podcasts que agora, depois de um boom, ainda é sensação na internet.
    Infelizmente perdemos o episódio sobre lendas urbanas que era um xodó dessa farofa de temas, mas ainda temos o timedo episódio 1, o musical episódio 2, o mundo surreal do SBT no episódio 3 (e não é que depois disso o Silvio Santos conseguiu piorar e conquistar a inimizade de todos?) e ainda as anedotas de ônibus no episódio 5. 

Leitura da Vez | Histórias Insólitas da Libertadores

    Mais uma vez o futebol neste blog, mas agora por causa de um livro. Um bom livro. Luciano Wernicke reuniu casos curiosos e intrigantes q...